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 XXII Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) começa quarta-feira na cidade da Praia com um número recorde de empresas, das quais 37% de capital português, disse à agência Lusa o administrador da empresa promotora do evento.

Segundo Gil Costa, estarão presentes 130 expositores, um crescimento de 10% em relação à edição anterior, distribuídos por 220 'stands', que também aumentaram este ano.

O número de expositores e stands só não é maior devido à falta de espaço, pois neste momento encontram-se em “lista de espera” 20 empresas, acrescentou.

Para Gil Costa, esta resposta positiva por parte das empresas e representantes institucionais à FIC deve-se à “diplomacia económica” que Cabo Verde tem desenvolvido, e também porque “as empresas aperceberam-se que esta é uma vitrina económica que promove o país”.

Dos participantes, 61% são empresas são de direito cabo-verdiano, 37% de capital português, que é “o principal país estrangeiro” representado no certame. Estarão ainda representadas empresas espanholas e do Brasil, enquanto os restantes países de língua portuguesa contarão com “visitantes profissionais”.

Os setores mais representados na FIC são os da importação e exportação, comércio, alimentação, bebidas, construção, segurador, financeiro, de crédito, entre outras.

A XXII edição da FIC tem como tema a “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Uma plataforma intercontinental de negócios” e isso deve-se ao facto de Cabo Verde ter assumido a presidência rotativa da organização, adiantou Gil Costa.

A feira será inaugurada ao final da tarde de quarta-feira, na presença do primeiro-ministro de Cabo Verde, que irá assinar o contrato de compra e venda das ações que o Estado cabo-verdiano detém na empresa promotora.

Desta forma, 80% do capital da FIC passará para as Câmaras do Comércio do Barlavento, do Sotavento e para o Turismo de Cabo Verde. Os restantes 20% manter-se-ão na esfera do Estado, nomeadamente na Cabo Verde Trade Invest.

Esta transferência estava prevista desde 2000, aquando da criação da FIC.

A Feira Internacional de Cabo Verde decorre até domingo. Nesse dia serão atribuídos, pela primeira vez, prémios para o melhor design e o melhor 'stand'.

Com Lusa

Foto: A Nação

Comentários  

-1 # JJ Costa Pina 14-11-2018 15:17
Completamente de acordo com companheiro Sócrates. A Praia é a única capital entre as outras que não tem a sua feira internacional, o seu centro de convenções e o seu parque industrial, tudo pq os ministros dessas áreas consideraram que seria bom demais para a cidade/ilha /região por isso instalaram o parque industrial e a FIC da forma e onde e como fizeram. Esperemos que doravante sotavento e Praia tenham a sua feira gerida pela região assim como deve ter as instituições administrativas, infraestruturas para operações e formação e governação própria nos domínios do mar/ portos / pescas, turismo, indústria, negócios para que as coisas mudem a favor dessa grande região, particularmente no âmbito da regionalização!
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+2 # SÓCRATES DE SANTIAGO 14-11-2018 10:13
Sinceramente, já é altura de se repensar o formato da FIC e os seus custos. Paga-se um mar de dinheiro ao Conselho de Administração da FIC para realizar uma a duas feiras anuais...Na nossa modesta opinião, as funções da FIC deverão ser, integralmente, transferidas para as Câmaras do Comércio de Barlavento e de Sotavento que passarão a organizar e a realizar as ditas feiras, quer temáticas quer gerais, com outro formato e nome, segundo a capacidade e visão comercial das mesmas. Para Sotavento, por exemplo, a feira poderia chamar-se EXPO-PRAIA e seria inteiramente organizada pela Câmara do Comércio de Sotavento, várias vezes por ano, conforme as exigências do mercado interno e externo. Deste modo, desmantelar- se- á a FIC, economiza- se dinheiro e faz- se, consequentemente, mais investimentos no sector comercial. Aliás, com a criação da Cabo Verde Trade Invest, a FIC, há muito tempo, deveria ser extinta, para não haver duplicação de funções, numa terra pobre, onde os recursos não abundam.
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