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Binter Voo Inaugural 1

A ameaça já está lancada. Uma nota de imprensa publicada na página oficial da empresa, fala que a Binter “está a estudar o impacto destas novas tarifas impostas unilateralmente e vai dirigir-se ao governo para comunicar todas as consequências negativas, que estas vão ter nos serviços actuais”, relembrando que esta medida "liberta a empresa de compromisso asusmido com o governo anterior da VIII legislatura como da actual IX legislatura".  

Com efeito, a Binter não só ameaça como chantagea também. A referida nota vai mais longe, e afirma que “esta decisão que prejudica gravemente a Binter, vem-se juntar a uma série de medidas que a Agência de Aviação Civil (AAC) tem aplicado contra a Binter Cabo Verde”, reafirmando que as mesmas “põem em perigo a continuidade de serviço, tal como estava planeado e vinha a ser feito”.

Para esta empresa que hoje tem o monopólio dos transportes aéreos inter-ilhas em Cabo Verde, as medidas da AAC não vêm respeitando o equilíbrio económico e financeiro da Binter, como, de resto, era o compromisso assumido pelo governo.

“Os compromissos entre o governo e Binter seriam que o mercado se manteria livre e que a regulamentação respeitaria o equilíbrio financeiro e económico. Com estas premissas a Binter Cabo Verde se comprometeria a servir de forma permanente o mercado insular cabo‐verdiano, com um serviço aéreo regular, serviço que vinha a ser feita com reconhecido sucesso”, regista a referida nota.

Neste contexto, a Binter entende que “estas novas medidas de AAC, junto com outras anteriores tomadas contra a Binter Cabo Verde, libertam a Binter de compromissos tomados com o Governo anterior da VIII legislatura como da actual IX legislatura”.

Recorde-se que a AAC deliberou limitar as tarifas máximas dos voos domésticos para "evitar eventuais situações abusivas" por parte da Binter CV.

Conforme havia explicado o inpector da AAC, Silvino Fortes, o objectivo da medida é “limitar a tarifa máxima e proteger o consumidor de eventuais abusos a nível de preços”.

O responsável para a área da regulação económica da AAC fez estas considerações num encontro com os jornalistas para explicar as razões que levaram a entidade reguladora de aviação civil a adoptar medidas que estabelecem as tarifas máximas nos voos domésticos. A medida da agência reguladora, que entra em vigor a partir de 28 de Outubro próximo, segundo Silvino Fortes, obriga o operador dos voos domésticos a aplicar a tarifa publicada origem/destino, independentemente das escalas intermédias.

Com a nova medida, algumas linhas ficaram mais caras, como Praia/S. Filipe, Praia/Maio e há outras em que o preço se manteve, nomeadamente Sal/Boa Vista. Algumas rotas, nomeadamente Praia/Sal e Praia/S. Vicente registaram uma diminuição. Silvino Fortes reconhece que na calibração dos preços houve situações em que o passageiro ficou em vantagens e outras em que saiu a perder.

O inspector da AAC explicou, ainda, que antes de mexer no preço, a ideia era fazer alteração do produto da operadora, neste caso a Binter, mas que os responsáveis da companhia não aceitaram a proposta.

“A AAC propôs, numa primeira abordagem, um upgrade do produto, associando novas condições à tarifa máxima”, sublinhou Silvino Fortes, apontando exemplo “a proposta de inclusão de stopover e um eventual alargamento do mínimo obrigatório da franquia de bagagem de 40 quilogramas”.

No entanto, prossegue, afastada a possibilidade de melhoria do produto, a AAC decidiu pela variável preço, conseguindo, assim, o “ajustamento das tarifas máximas no mercado doméstico”.

Instado sobre as razões da medida, explicou que estas resultaram da “monitorização do mercado”, tendo a AAC verificado situações em que um passageiro pagava duas viagens para ir, por exemplo, a S. Vicente, caso fizesse um voo Praia-Sal- Mindelo.

“Independentemente de escalas intermédias, o operador tem que aplicar a tarifa publicada, ou seja, por origem e destino”, salientou o inspector da AAC.

Comentários  

0 # Osvaldo Lopes 26-09-2018 13:33
Não estou de acordo com as subidas das tarifas que só penalizam Santiago:as ligações Praia com Maio e Fogo são essenciais para os pequenos operadores e funcionários e prejudicam economicamente essas ilhas beneficiando as outras. No entanto temo que esta medida seja o fim do CA da AAC pois por menos que isso a AMP foi eliminada e seus quadros subalternados para evitar que o enriquecimento de alguns no poder, ilegalidades e destruição/invasão da frente marítima da Praia dessem lugar a processos e prisão dos que infrigiram a lei!
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+1 # bila 26-09-2018 13:28
Tudo isto è uma encenação para justificar a subida abrupta dos bilhetes de passagem principalmente São Filipe/praia, antes do monopolio estrangeiro era 4.100$ com concorrência com a tacv passou a 3.600$ com o monopólio éstrangeiro está a 7.200$ ainda a Binter quer que suba mais, a encenação è para exigir do governo subsídio que Ulisses sempre negou e que recusou a dar a tacv, mas como foi dito pelo senhor Lando, Tudo vai ser resolvido na mansinho até com direito a champanhe quem vai pagar pelo espetáculo São o povo
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+2 # apartidário 26-09-2018 09:35
Menuda payasada lo de la Binter!

E lembro-me nos debates políticos o MpD acusar o PAICV de ser contra empresas estrangeiras, reforçando sempre a ideia de que a BINTER CV era uma empresa caboverdiana. E vejamos como essa suposta empresa caboverdiana se comporta perante os caboverdianos!

Eu estudei nas Canárias e sei que a BINTER cobra aos residentes Canários 25 Euros (Gran Canária - Tenerife) pela distância equivalente a SANTIAGO - FOGO, sendo que aqui se cobra mais do dobro (6.000 escudos) com a nova tarifa máxima.
Como é possível que com esta nova tarifa máxima o mercado deixe de ser atractivo (em condições de monopólio)?

Como é possivel que a BINTER saia a perder nesse novo cenário se o valor praticado aqui comparado com as mesmas distâncias em Canárias são o dobro ou mais?

Já se começam a sentir os efeitos das decisões impensadas, precipitadas e neoliberalizantes aplicadas por esse governo sob o comando do FMI e do BM, sem no mínimo alguma vez se importar como estas afectariam os verdadeiros homens e mulheres desta nação.

Tenho dito!
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-2 # Fruto da corrupcao 26-09-2018 08:03
E nisto que da ter um governo de incompetentes e um primeiro ministro corrupto. Á partir do momento que o primeiro ministro entregou o monopólio dos voos domésticos a binter a troco de emprego para a mulher e filho abriu as pernas para a empresa fazer o que bem entender inclusive desafiar a agência de regulação do setor aéreo sem falar da chantagem direta ao governo de bananas. E nisso que da ter um bando de incompetentes e corrupto a frente dos destinos do país. Onde estão esta cambada de corruptos e o chefe deles que ainda não reagiram publicamente. Claro o primeiro ministro tem medo de reagir e por em causa o emprego da mulher e do filho
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0 # Jorge Miguel Santos 26-09-2018 10:48
É nisto é que dá uma terra cheia de gente com a mesma opinião que tu! Um povo que politiza tudo, inclusive a chuva, será sempre governado por político medíocres. Quando falas em PM corrupto e Governo incompetente não te esqueças de fazer referência ao vosso tão aclamado ex.PM JMN que delapidou a companhia de bandeira. Tragam-no de volta agora como Presidente porque pelos vistos os males que ele vos causou enquanto PM vos foram insuficientes!
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+2 # Djimbó 26-09-2018 03:13
A Binter se entender que o mercado de vôos domésticos em Cabo Verdenão é apetecível/viável para elea, então que procura outro mercado. Assim funciona o negócio em mercado livre. Esta chantagem e pressão ao governo para que desautoriza a decisão acertada da AAC, é uma péssima ideia/atitude.

Assim como em canárias os mercados são regulados em cabo verde também são.

Agora eu percebo as razões que os levam a fazer chantagem, a este governo, Vocês tem que saber que a AAC é uma entidade independente do estado de Cabo Verde, assim como no vosso País. As reguladoras existem para este fim.

Porque no seu País funciona diferente? Qual o preço médio que praticam nos vôos entre Ilhas em Canárias. Acham que Cabo Verde as pessoas tem dois dedos de testa?

Nem toda a gente tem dois dedos de testa neste País. Se o governo intervir nesta decisão então sou obrigado a tirar a dúvida que pairam na cabeça dos Cabo verdiano e então melhor é extinguir a AAC. Acho que comparativamente com outros mercados, por exemplo o nosso vizinho canarense a AAC pode reduzir ainda mais esta tarifa abusiva que a Binter está a praticar.

Por exemplo com Vinte Mil Escudos Cabo Verdiano viajo de Portugal a qualquer País de Europa e ainda fico com algum troco com direito a uma bebida e almoço.

São dois erros POLÍTICO e ECONÓMICO que este governo tomou e que tem que repensar e voltar atrás nesta decisão.

Uma é levar os TACV para a ilha de Sal e a outra é dar monopólio de mercado nos vôos domésticos a BINTER. Estas medidas tem que ser repensada de novo e tomar outras medidas correctivas a bem do Estado de cabo Verde

Tenho dito
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+2 # Manuel de Miranda 26-09-2018 00:42
Esta empresa nāo é nacional e não preocupa con os problemas do país e dos caboverdianos, o que lhe preocupa sim, ė apenas o seu lucro e por conseguinte não quer o sistema de regulação no seu caminho e quanto mais cedo atingir o seu objetivo, desaparece do radar e ainda faz troça dos caboverdianos. Esta ameaça, deve servir o Governo de alerta, porquanto, o larápio nāo tem boas intenções. O Governo, deve estar de alerta, porque esta empresa nāo é de conciança.
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0 # Sergio Lopes 26-09-2018 07:51
gostei ten total razao
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-1 # Luiz Nunes 25-09-2018 21:55
Com licença? Sou usuário da Binter CV e já conhecia os excelentes serviços da mesma em viagem desde as Canárias.
Em nenhum lugar do mundo uma empresa aérea é obrigada a se responsabilizar pela estadia e custeio dos passageiros por cancelamento das viagens por condições climáticas! O ano passado, um grupo que levei ao Fogo com 15 pessoas, ficou em hoteis com de regime de pensão completo pago pela Binter por 5 dias! As despesas com certeza foram bem maiores do que o valor da passagem de volta... Para burocrátas beneficiários do luxo do transporte e outros custeios, fica fácil tomar decisões sem levar em consideração todas as variáveis. Ainda assim, fico com a Binter CV!
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+1 # David 26-09-2018 17:41
Nao é bem assim.
Até ha pouco tempo, realmente as companhias aéreas nao eram responsabilizadas em caso de voos cancelados por motivos climatericos, mas isso mudou ha mais ou menos um ano, e todas as companhias sao forçadas a responsabilizar pelos passageiros nessas condiçoes.
Entao nao foi por pura bondade, foi mesmo por obrigaçao
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+1 # Lando 25-09-2018 19:52
Neste país governado por palhaços assistimos todos os dias cenas de palhaçaria para entreter pessoas e criar caminho de Tomada de medidas ridículas aconteceu recentemente com SOFA teatro montado pelo presidente Fonseca e agora esse teatro montado entre AAc e Binter o objectivo è justificar o subsidio chorudo que o governo vai disponibilizar a Binter no próximo ano, enfim acabaram com tacv porque estava depenar o tesouro e agora trazeram uma empresa privada para abocanhar ainda mais
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+2 # Bibi 25-09-2018 17:21
Mas a Binter em concluío com os capacho do mpd quando iniciou praticou uma tarifa tão baixa que enganou até os mais atentos mas o objectivo era empurrar a tacv para fora do mercado de aviação, nunca em Cabo Verde tínhamos bilhetes de passagem tão cara como agora, mas a promessa de Ulisses era que os bilhetes de passagem seriam reduzidos, Ulisses pega na sua empresa e vão para canárias
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