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Gualberto Rosario Câmara do Turismo de Cabo Verde

Antigo ministro da Economia, revelou ontem à CPI que investiga a gestão na TACV que o Governo da década de 90 tinha tudo preparado para a privatização da TACV em 2000, e que ao mudar de opção Cabo Verde perdeu uma grande oportunidade de negócio.

Gualberto do Rosário afiança que na altura o mercado mostrara grande apetência para a companhia aérea cabo-verdiana e que havia quatro grandes companhias dos EUA de renome interessadas nas privatizações dos TACV, assim como algumas grandes companhias europeias, inclusive a própria Transportadora Aérea Portuguesa (TAP).

O ex-governante fez estas alegações esta segunda-feira, 29, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para averiguar os actos de gestão dos TACV – Cabo Verde Airlines, enquanto uma das personalidades solicitadas para prestar declarações sobre a gestão da companhia aérea nacional.

Disse que nessa altura a TACV já estava consolidada com valor de mercado, pelo que lamenta que Cabo Verde tenha perdido 15 anos para resolver a privatização da companhia, asseverando que esta nova opção representa prejuízos económicos, financeiros, do emprego e do valor astronómico incomensurável.

Considera que nessa altura o ambiente era extraordinário para a privatização, realçando que “as etapas todas tinham sido concluídas com êxito, o ambiente interno era bom, os trabalhadores aceitaram perfeitamente o processo, e aprovou-se o decreto de privatização com o caderno de encargo”

Outrora responsável pelas privatizações, enquanto ministro da Coordenação Económica, Gualberto do Rosário classifica a decisão da TACV “vender o handling” à ASA foi muita negativa, com o argumento de que a companhia de bandeira prestava este serviço a ASA e que este era uma das principais fontes de receitas, com um papel importante no equilíbrio das contas.

Gualberto do Rosário fez questão de clarificar que enquanto ministro da Coordenação Económica nunca foi tutela da TACV, mas sublinhou que com esta transferência a companhia foi penalizada duas vezes e que só uma auditoria séria às contas da empresa pode trazer à luz as causas profundas e a verdade efectiva sobre os números da companhia.

Destacou a substituição dos aviões CASA pelos aviões ATR, afirmando que representou uma evolução positiva para a companhia, quer do ponto de vista das necessidades internas e das ligações regionais, quer do ponto de vista financeiro por ser muito mais económica do que a existente, que a seu ver não eram adequados.

Mostrou-se crítico face à mudança de opção do Governo dos anos 2000, sobretudo porque, segundo disse, “não se constrói um “hub aéreo” sem uma companhia de bandeira, não se constrói um “hub aéreo” sem uma associação umbilical entre companhia de bandeira e o aeroporto que vai servir de plataforma” e muito menos sem “now-how” conhecimentos, experiência e recursos.

Nas suas alegações, Gualberto do Rosário disse ainda que o “conceito que está a ser desenvolvido hoje não tem diferença alguma relativamente ao conceito de 2000. A motivação para privatizar a TACV era a construção da plataforma aérea”, disse, realçando que a privatização é uma condição “sine qua non” nas condições de Cabo Verde.

Com Inforpress

Comentários  

0 # PretoPraia 04-02-2018 19:08
... vai dar ZEBRA, e muita gente se vai a assustar!!!
Continuem a brincar com fogo!
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0 # POLITIQUICES 01-02-2018 07:43
Esta CPI não passa de manobra para divertir o povo. Esses de[censurado]dos ignorantes que nada sabem fazer têm de ter algo para se divertirem à custa do erário público! Entra na cabeça de alguém com dois dedos de testa que uma CPI que pretende investigar actos de gestão dos TACV, imaginem, desde 1975, vai ter algum resultado? O país está bem entregue nesses bandos de incompetentes!!!
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 31-01-2018 19:04
Gual(a)lberto do Rosário! Este é o Homem, personagem principal da série "ENACOLGATE". Lembre-se, caríssimos leitores? Este é o Homem que, enquanto Primeiro Ministro substituto de Cabo Verde, provocou a MAIS GRAVE DERRAPAGEM ECONÓMICA E FINANCEIRA de que o País tem memória, no período de 1888 a 2000, com consequências gravíssimas a nível nacional, pois os funcionários já não recebiam os seus salários atempadamente; as empresas do Estado foram quase todas vendidas num sistema "BOKA BOKA"; o País inteiro estava praticamente de greve; Cabo Verde perdeu a sua credibilidade na senda internacional, tornando-se objecto de "TCHOKOTA", etc.etc..Hoje, empresário rico no Sal, sem trabalhar, o truculento GUALBERTINHO, como é chamado em S.Nicolau, sua ilha natal, está, mais uma vez, por detrás dos negócios obscuros da TACV, com o único propósito de servir a sua empresa, criada, especificamente, na ilha do Sal, para prestar serviços aos novos donos da TACV, os "FRIENDS" ISLANDESES. "Ó MUNDU, BÓ É BENBA!"- cantava o nosso saudoso e imortal poeta e músico NORBERTO TAVARES.
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0 # José Realista 30-01-2018 17:40
Veja. O sujeito, quem te viu , quem te vê. Os ídolos anos noventa, ainda permanece vivo na memória dos cabo-verdianos, pelo menos os mais atentos, com o rombo da enacol que fez,agora quer parecer, a armar se em salvador da pátria. Cabo Verdiano que se cuide, estamos tramados com os rebentolas.
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+1 # Djosa Neves 31-01-2018 06:45
Lá tinha que aflorar o ridículo de um caso que nunca chegou a ser (em causa, segundo aventaram, 200 mil contos entre angolanos e caboverdianos, que repartidos pelos quantos pretenderam envolver, não daria sequer para comprar uma das mansões de Palmarejo), investigado por uma CPI e que não passou de fofoca politiqueira. Paciência!!!
O tema do artigo é importante porque além das irregularidades e ilícitos, os erros de gestão foram tão graves que devem servir de lição para nunca mais serem repetidos.
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+1 # José Realidade 31-01-2018 03:36
O que te a ver o C... com as calças? Concentra-te texto e diz se é ou não real o que se passou com os tacv. Está com medo de quê? Que a auditoria venha pôr a nu a gestão danosa/roubo desde a governação de 2001?
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