
1. Certamente, muitos já terão ouvido falar de "indicadores". Trata-se de um dos elementos centrais das chamadas ciências sociais. Assim como não podemos sequer imaginar a "matemática" sem algarismos, assim também é impensável haver ciências sociais sem indicadores. Para simplificar a compreensão, vale a pena dizer que há uma palavra mais comum, cujo significado se aproxima bastante do de "indicador". É a palavra "sinal";
2. Esta governação do país tem dado "sinais" muito preocupantes. São "indicadores" que dão razão a uma ideia lançada em tempos: "democratas de papel". Ou seja, defendem a democracia só no papel, apenas no discurso, de boca para fora. Na prática: ameaçam levantar processos disciplinares a 800 e tal polícias só por terem participado numa greve - um direito previsto na Constituição da República -; ameaça com processo disciplinar o jornalista que der um gosto em página de facebook de partido político; e persegue e exclui de todos os lugares de gestão da administração pública quem não é militante do partido do governo;
3. Silenciar jornalistas - num ambiente em que quase a totalidade já estava há muito em silêncio -; intimidar a polícia; e perseguir militantes de partidos da oposição, são sinais de construção de um caminho para a ditadura e para a criação de condições para se "eternizar no poder";
4. Este Código de Ética do Governo para jornalistas/equiparados da RTC é uma mensagem com um objetivo claro: meter medo, silenciar e calar. Movido por quem conhece extremamente bem a vantagem de ter jornalistas dóceis e favoráveis e que sabe de fundo qual o valor da manipulação e da criação de perceções para fins eleitorais;
5. Depois desta mensagem do Governo, teremos dois grupos de jornalistas. Por um lado, aqueles que se aproveitam - com mais ou menos honra pela profissão que escolheram - para se dedicarem de corpo e alma à auto-censura! Um outro grupo - que poderá ser muito minúsculo - vai bater o pé e continuar a dar gostos em páginas de facebook de partidos, igrejas e clubes de futebol; publicar posts de opinião pessoal; e aguardar que a RTC mande a polícia apreender e retirar do mercado o livro que vier a ser publicado sem a autorização do Governo;
6. O dia em que um jornalista for despedido por ter dado um "gosto" na página de facebook de um partido, por ter publicado um post, ou enviado um "tweet", será o dia do teste à dignidade dos homens e das mulheres deste país, neste novo tempo do malfadado regresso do "lápis azul" repescado da época da ditadura de Salazar, da PIDE e do Estado Novo;
7. Independentemente da evolução deste código de ética e de conduta, o facto é que a sua apresentação como proposta é um sinal do elevado grau de degradação da sociedade cabo-verdiana, um atentado à democracia sem qualquer tipo de pudor. Pudera! Para quem não hesitou achincalhar a memória de uma Nação inteira, ao trocar o hino e a bandeira, ter a ideia deste código é brincadeira de menino de coro!





Fazendo análise académico, o articulista não podia escrever melhor artigo
Tenho uma mera sensação que este articulista está a tentar fazer a cama para uma outra pessoa vir a deitar.
Veja, falas dos acontecimentos de 91 e não falas dos acontecimentos de 2001 a 2016? que é muito mais recente.
Dá a sensação que está a tentar preparar um tacho para vir comer depois.
Relativo ao processo desciplinar a vir ser levantado contra os policiais que participaram numa manifestação que diz ser pacífico, convido-lhe a ler o estatuto da Policia Nacional.
Não porque sou contra as manifestações, são direito consagrados, sou contra aproveitamento político duma situação que não traz nenhum benefício ao País.
Quanto a mudança da bandeira e do Hino nacional, vou perguntar-lhe o seguinte ou melhor antes de lhe perguntar vou lhe dizer o seguinte.
Cabo Verde, tomou a sua independência através da luta armada feita em Guiné Bissau pelo partido PAIG(C). "Partido Africano da Independência da Guiné e (Cabo Verde).
Depois de vencer a luta armada em 1973/74, criou uma Bandeira e Hino Nacional comum, (União de factos).
Em 1980, os dois países separam, divorciaram. A Guiné Bissau continuou com o Partido PAIGC, e com a mesma bandeira e Hino nacional porque a história não se refaz e nós decidimos tirar o apelido do casamento, (divorciado no momento), mas continuar com a mesma Bandeira e Hino Nacional de um outro País, o que é caricato.
Pergunto-lhe fazia sentido a utilização de uma identificação que não nos representa?
De qualquer maneira, isto é o passado e não trouxe nenhum prejuízo financeiro para o País.
Vou fazer-lhe duas e apenas duas perguntas que trouxe muitos prejuízos financeiros para Cabo Verde.
1- A construção das barragens.
Não podiam encontrar outro sítio senão em um buraco para a construção de uma barragem, "furada" diz-lhe alguma coisa em um "furo, sumição".
2 - Casa de tudo alguém " denominado, CASA PARA TODOS"
Mas de que eu, conheces o Plano de Negócio para a construção de "Casa para Todos" que era para vender aos quadros nacionais "casais" com vencimentos acima dos 40.000$00 e com garantia de financiamento bancário.
Foi aprovado o Plano de Negócio e foi feito o empréstimo junto de um banco estrangeiro com o aval do governo de Cabo Verde".
Cabo Verde ficou avalista neste neste empréstimo "negócio" de alto risco, embora o Plano de Negócio não mostrava este risco, porque foi encomendada, estais de acordo comigo até aqui.
Como também deves saber e mais de que eu, os primeiros blocos construídos não foram aceites pelos ditos clientes "contratados".
Ficou sem vender as primeiras construções. Porquê? a qualidade acordada no acto da venda não coincidiu com as no acto da entrega.
O que aconteceu ou devia acontecer?
Parar a construção de mais blocos de moradias, até vender os já construídos e redesenhar novamente o plano de negócio e fazer nova negociação de financiamento, junto do financiador, mas não, continuou a construir mais casas e mais casas, justificando que o crédito era num bolo comum, e tinha que ser servido senão ficava desperdiçado.
Como se de uma comida se tratasse.
Disse-lhe que ia fazer-lhe duas e apenas duas perguntas, mas não vou resistir sem tentar a fazer-lhe mais esta.
A construção do anel rodoviário da Ilha do Fogo.
A denominada agora meia lua. Uma Obra orçada em mais ou menos 4 milhões de contos na sua totalidade e que veio a custar o dobro somente em metade da obra e de mau qualidade o que veio a resultar esta denominação de meia LUA.
O que você acha que o financiador desta obra acha de nós Caboverdianos? principalmente tratando-se de um País altamente eficaz no cumprimento das suas obrigações?
Podia numerar-lhe dezenas de obras mal feitas, todos por causa da pressa que tiveram em fazer tudo de uma vez só, e que deixou Cabo Verde numa situação de ingovernação.
Agora, podias pela sua profissão, dar um valioso contributo.
A situação de Cabo Verde neste momento é deveras preocupante. Consequência de uma governação péssima do passado.
Veja, o comportamento social dos caboverdianos neste momento, e me respondes. É de um povo com cultura? É de um povo inteligente?
Achas, que por acharmos que estamos no corredor da "IOROPA" nos tona "IOROPEU"? ou nos leva até Europa, como se de um rio tratasse.
Meu caro Doutor, peço-lhe encarecidamente. Reúne com os seus colegas para encontrarem uma solução sociológica para a sociedade Cabo Verdiana, porque é o que mais precisamos neste momento, em vez de estar sempre a fazer propaganda política a tentar colocar um indivíduo no planalto de platô que só trouxe prejuízos para todos nós e trouxe benefício para alguns.
Seja um bom cidadão Caboverdiano que nós todos agradecemos.
Bem aja para todos nós
O pai-mor do movimento (veiga) é democrata... de lápis de cera. Logo, os rabentolas, incluindo os dissidentes/retornados, não podem ser outra coisa.