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Por: Carlos Fortes Lopes

 Carlos F. Lopes

Escutar os trabalhos da Assembleia Nacional Cabo-Verdiana, é uma forma vivida de conhecer o nível dos eleitos através das listas partidárias. Ainda vamos a tempo de fazer com que os eleitos vos respeitem e façam a revisão constitucional necessária. Com destaque para os dois partidos do arco da governação que juntos, e querendo, conseguirão fazer a diferença, ao bem da Nação e as populações espalhadas pelos recantos das 9 ilhas habitadas.

Se os eleitores nacionais quiserem fazer a diferença, tanto a nível da Justiça, como a outros níveis nevrálgicos da governação de Cabo Verde, terão que entender que o sistema está montado de forma que só e apenas os votos nas autárquicas e nas Legislativas e Presidenciais não serão suficientes para travar a corrupção político-partidário nacional. Para que todos sintam a diferença almejada, teremos que procurar outras formas de luta popular. Só votar já não é solução. O povo tem que sair às ruas, sem medo das autoridades e fazer a sua própria justiça social.

Só com uma total revolução popular, o povo será capaz de assegurar as reformas constitucionais em debate nas esquinas e entre as paredes privadas. Para que esse investimento popular seja sustentável a ponto de garantir as mesmas oportunidades para todos, será necessário, urgentemente, resolvermos os pendentes com o grupo que já apoderou do país e não pretende abrir as mãos desse abuso político-partidário.

Os problemas pontuais, como a evacuação dos doentes (dia e noite), a melhoria dos transportes marítimos e aéreos inter-ilhas, água para produção alimentar, urbanismo e saneamento precisam ser debatidos com maior frequência, em palcos públicos, de forma a galvanizar as bases que precisam-se desinibir e sair à luta. Como já está mais que patente, existem dezenas de possíveis soluções socioeconómicas nacionais que não podem continuar a ser adiados pelo grupo de políticos colocados nos poleiros institucionais para proteger o sistema por eles criado.

Todos juntos, somos obrigados a ter criatividade e encontrar soluções para as crises sociais existentes no país. Os políticos não estão interessados em solucionar os problemas de Cabo Verde. Só estão interessados no seu bem-estar pessoal, familiar e partidário. Acordemos compatriotas! Já chega de esperar por esses que assaltaram as instituições nacionais, como invasores autoritários.

Todos juntos, precisamos sentir o sabor e o prazer de um sólido desenvolvimento nacional. Não apenas para algumas ilhas e seus promotores interesseiros.

A prioridade de todos nós deve passar pela capacidade populacional de trabalhar para que juntos alcancemos o patamar dos países onde os investimentos são abrangentes a toda a esfera da sociedade Cabo Verdiana.

Só com a união populacional, a sociedade cabo-verdiana será capaz de se livrar das amarras desses impostores vestidos de mensageiros de Cristo.

O povo precisa acordar e reparar que esses impostores não são e nunca serão a proclamada âncora da alma cabo-verdiana.

Só um povo consciente e unido será capaz de retirar as vendas a essa insensatez governamental nacional.

Há que ter em conta que, na maioria das vezes, o que imaginamos não é a realidade e que existem manobras obscuras que só são reveladas com o fim da caminhada. Um fim que na maioria das vezes é precisamente o indesejável para qualquer um de nós.

Pois, como bem conhecemos, muitos dos que sobem ao poder, acabam por surpreender familiares e amigos, sem referirmos à maioria desconhecida.

Meus caros seguidores, não podemos jamais ignorar e aceitar as mesmas casmurrices e ou arrogâncias do grupo eleito para proteger o bem-estar da nação e do seu povo constituinte.

Temos que ser mais exigentes e esperar resultados diferentes desses que já nos comprovaram ser incompetentes e insensíveis.

Com diz o velho ditado: a certo ponto da batalha somos obrigados a bombardear os inimigos e abrir caminho para a vitória social.

Se nada fizermos agora, eles continuarão abusando, indevidamente, do poder político e destruirão as nossas vidas e as vidas dos nossos filhos, netos e bisnetos.

Se isso continuará só nos restará o resto das aparas!

A Voz do Povo Sofredor

Comentários  

0 # Silvério Marques 20-05-2019 21:26
Este senhor fala como se as verbas para o funcionamento do Estado fossem água do mar, já que a temos por todos os lados e nos cerca em cada uma das Ilhas. Em nenhum momento ele fala do trabalho e da produtividade. Enfim, no país Cabo Verde, a economia não conta. Tudo é política, isto é, conforme os ditames deste senhor que vive na América, onde não trabalha. Neste país nós trabalhamos, pagamos impostos e compreendemos as fraquezas de um país pobre. Onde há corrupção e muitas verbas mal gastas. Mas isto é um combate do dia a dia. A revolta popular é proposta de quem não trabalha e não vive em Portugal
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0 # Carlos Fortes Lopes 22-05-2019 16:28
Caro “Silvério Marques”, porque sou um democrata e protetor dos pobres (com provas dadas,durante a minha residência em Cabo Verde, de 2012 a 2018), vou gastar um pouco mais do meu tempo para o tentar ilucidar. A liberdade como não-arbitrariedade considera que as leis não são fundamentalmente obstáculos à ação individual, mas são constituidoras das liberdades: sem leis, ou seja, sem Estado não é possível a liberdade. Todavia, os cidadãos não participam da vida política (i. e., do Estado). A atuação dos cidadãos consiste em exercer um papel de fiscal e controlador do Estado, pelos mais variados meios, de modo a evitar e a impedir as arbitrariedades estatais
Mais, a versão ocidental da democracia, desenvolvida especialmente a partir dos escritos de Rousseau, defendem o princípio da soberania popular e da participação popular. Quanto a sua tentativa de me descritar, (“ditames deste senhor que vive nos EUA e não trabalha”) ficou bem claro que o nome no comentário não é real mas sim uma representação indirecta dos corruptos, mentirosos e criminosos que já apoderaram do país, ameacando a tudo e todos com represálias de todas as espécies. Para terminar, seria bom que fosses ao terreno apoiar os pobres que inúmeras vezes não têm como sustentar as suas famílias e outras vivem das lixeiras municipais. Arregace as suas mangas “político-partidario” e exerça as funções constitucionais de controlador do papel do Estado, de modo a evitar e impedir as arbitrariedades estatais.
Boa sorte, pela próxima e não se esqueça que se não trabalho agora é porque já havia trabalho e por razões alheias à sua capacidade de leitura sou reformado e tenho um vencimento suficiente para ajudar na alimentação e vestuário de populações abandonadas pelo Estado de Cabo Verde, nas ilhas do Sal, São Nicolau, São Vicente etc., etc.. E mais, a minha reforma antecipada é fruto do meu desempenho profissional, durante estes últimos 32 anos nos EUA.
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