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Por: DRC

Ou o Governo anda distraído, ou nós, simples mortais, não entendemos patavina dos negócios do Estado. O que, a ser verdade, é muito grave para o exercício da cidadania, para a saúde da nação e para a promoção da democracia.

Porque só com uma nação madura é possível ter uma democracia madura. Só com um povo culto, ciente dos seus direitos e deveres, é possível ter instituições democráticas fortes, capazes de assegurar o funcionamento equilibrado do Estado de Direito  

Isto para dizer que o ditado popular, tomado de empréstimo para título deste desabafo – depois de casa roubada, trancas à porta -, parece ajustar que nem uma luva em relação à aprovação do diploma sobre a privatização da TACV Internacional, ocorrida no Conselho de Ministros desta semana.

O Governo tem dado sinais de desnorte em vários sectores considerados estratégicos no processo de desenvolvimento de Cabo Verde.

Mas o caso da TACV é de uma gravidade das mais acentuadas, requerendo uma atenção particular da sociedade. Pelas suas implicações no bem-estar colectivo e nos sentimentos da nação

É certo que a privatização da TACV era necessária. Os cabo-verdianos sabiam que a empresa atravessava uma crise insustentável, e que devia passar por um profundo processo de transformação, em que a privatização poderia ser o caminho mais viável para assegurar melhores resultados e reverter a situação de descrédito em que a empresa se encontrava.

No entanto, ninguém previa uma privatização nos termos e nas condições em que está sendo feita.

Primeiro. Se existe uma lei geral sobre privatizações no país, então porque é que para o caso da TACV Internacional é necessária a aprovação de um diploma específico?

Segundo. Qual foi o diploma legal que serviu de base para o negócio das linhas domésticas com a Binter? Se foi a lei geral sobre as privatizações, então porque é que esta mesma lei não há-de servir para este caso concreto da Internacional?

Terceiro. Será que o Governo entende que não deve cavaco aos cabo-verdianos sobre a venda de empresas públicas consideradas estratégicas no processo de desenvolvimento do país?

São questões pertinentes que o Governo deve responder, mas também a oposição, esta que foi eleita para fiscalizar o poder. Ou não é assim?

Porque, por entre linhas, fica-se com a sensação de que, de repente, o Governo descobriu-se roubado e resolveu trancar a porta com o diploma aprovado ontem em Conselho de Ministros. Será? E de repente, a oposição assume um silêncio cúmplice que ninguém consegue entender. Ou não é assim?

Comentários  

+2 # djo 06-08-2017 06:35
Então Santiago Magazine, Iceland Air, nada?
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+1 # remoaldo cardoso 05-08-2017 20:29
desde seculo passado governo bende te masoleu. Faltaba so nha mae, que talves, staba bedja dimas, es ano el ta faze 100 anos de idade. Bandera, hino, ruas, tropa tudo
sem sentido e sem palavra. Dez bez CV sta bem tem otu nome.Talves, nome de quel vulcao submarina que sta bem cria quel otu ilha entre fogo e brava.
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