Foram dois dias de actividades – 29 e 30 de Janeiro - e 20 municípios participaram. É o regabofe de sempre. Tudo pago. Fazer o quê? É o luxo do poder a falar a sua linguagem natural! Consta que o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, viajou uns dias antes, e deixou o seu BWN fechado, o vereador que o substitui durante as suas ausências que ande a pé, ou nas carroças. Pudera! O luxo é dele e só dele!
Já devem estar de regresso ao país os autarcas cabo-verdianos que se deslocaram a Portugal no dia 28 de Janeiro a fim de participarem nos 35 anos de vida do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que aconteceu a 29 de Janeiro, data comemorativa do dia do IPB.
Dos 22 municípios cabo-verdianos apenas 2 não responderam sim ao convite do IPB – Santa Cruz e Mosteiros – em que o mote é participar na cerimónia de atribuição da medalha de honra à nação cabo-verdiana, conforme decisão do Conselho Geral do IPB, de 11 de Dezembro de 2017.
Termos em que, o Poder Local cabo-verdiano esteve ausente em Portugal para assistir a este evento, que o IPB decidiu atribuir à nação cabo-verdiana “pela excepcional contribuição para o progresso, bom nome e prestígio internacional do IPB, através de uma ampla colaboração interinstitucional no domínio da formação superior”.
Do programa, constavam as seguintes actividades: dia 28, recepção e alojamento no hotel Tulipa, às 18h, e às 20h jantar no restaurante A Porta.
Dia 29, manhã livre. Às 13h, almoço volante nos Serviços de Acção Social do IPB, e logo a seguir, ou seja, às 14h30mn, cerimónia comemorativa dos 35 anos do IPB, no Teatro Municipal de Bragança. Às 18h, inauguração da exposição Cabo Verde, da pintora Graça Morais, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, a que se segue Porto de Honra com jantar volante na sala de actos da Câmara Municipal de Bragança. Para fechar a noite, a partir das 21h30mn, um concerto comemorativo dos 35 anos do IPB, no Teatro Municipal de Bragança.
No dia 30, pelas 10h, reunião com o Presidente do IPB, seguida de reunião com os alunos de cada uma das autarquias representadas, pelas 10h45mn. Uma hora depois, ou seja, às 11h45mn visitas à exposição de arte africana - memórias da escultura mãe/peças africanas de culto, a que se segue uma reunião na Câmara Municipal de Bragança e Almoço.
Assim, termina a missão que fez descolar 20 Câmaras Municipais de Cabo Verde a Portugal.
É preciso compreender que muitas vezes somos USADOS e, nós, todo babado, vamos lá com o sentimento de honra, quando na verdade estamos a ser usados! Há algumas instituições, como essa de Bragança, que por desertificação do interior de Portugal, vivem situações de penúrias em termos de falta de alunos. Essas, para além de propinas que pagam aos cofres dessas instituições, permitem-nas assegurar fundos da União Europeia. É nessa perspetiva que organizam esses eventos, como o que fazem com o nosso PM, estando cientes de que somos importantes para a sobrevivência deles e nós, tolamente, lá vamos com todos esses DESAJUIZADOS fazer a REGABOFE, fazendo TROÇA dos caboverdianos.