Anteontem, o José, aquele de Pedra Barro de Santa Catarina, ex-Líder do PAICV e ex-Primeiro-ministro de má memória de Cabo Verde, sem nenhuma desenvoltura intelectual e numa clara estratégia agressiva de mediatização da sua pessoa, publicou mais um post no Facebook.
O texto criticando a governação do país, vinha acompanhado de uma fotografia do José todo sorridente, com um ar maroto, que se não fosse de Santa Catarina e fosse da Praia seria caso para ligação com a música da Élida Almeida de título “É Zonban”.
No primeiro ponto do seu post, o José faz uma breve divagação sobre os factores que constrangem a governação e o desenvolvimento dos pequenos estados insulares, como que querendo justificar o seu insucesso e branquear os erros da sua governação.
Olha, José, os constrangimentos devem ser vistos como desafios a vencer e não razão de lamúrias constantes e eternas, como forma de desresponsabilização e desculpabilização que é o que estás a fazer. Na linha do teu pensamento, todos os pequenos estados insulares estariam condenados ao insucesso, pelo que te pergunto, José, se não conheces pequenos estados insulares de sucesso? Conheces, por exemplo, o caso de sucesso das Ilhas Maurícias? Este país, hoje, está no patamar em que se encontra porque houve uma visão, que tanto falas, mas que nunca tiveste, que bem cedo, na década de 70, levou-o para um processo de liberalização, encontrando-se, hoje, na vigésima primeira posição (já foi TOP 10 em 2014) a nível mundial dos países com mais liberdade económica, medida pelo ranking da Heritage Foundation. É o primeiro de África, ocupando a 21ª posição ao contrario e bem destacado da 116ª posição ocupada por Cabo Verde.
Os atrasos estruturais de Cabo Verde são o preço do modelo estatizante da economia que o PAIGC/CV, em razão da sua matriz ideológica, implementou, sagazmente, durante os 15 anos da 1ª República, conjugados com os retrocessos conhecidos nos últimos 15 anos da 2ª República - que são da tua responsabilidade, José -, quanto às reformas económicas que foram encetadas na década de 90, com as quais o PAICV nunca soube conviver.
A guisa de exemplo, podia, ainda, falar de Singapura, outro estado insular de sucesso que ocupa a 2ª posição no Índice da Liberdade Económica de 2017.
Em suma, José, não obstante sermos um estado insular, poderíamos estar num outro patamar de desenvolvimento não fosse termos sido governados pelo PAIGC/CV durante 30 anos dos 42 anos que levamos de Nação independente.
A dado passo do teu post falas-nos de ganhos importantes conseguidos, nomeadamente na produção de legislação para a administração pública, e mostras-te preocupado com a revogação de alguns instrumentos que, a teu ver, podem colocar em causa as boas práticas administrativas, a governança e a efectividade das políticas públicas. E afirmas, ainda, dentre outras coisas, que, assim, caminhamos a passos largos para a macrocefalia administrativa e a opacidade no funcionamento da Administração Pública.
Um dos instrumentos que foi revogado - e que causou azedume ao PAICV - foi a lei do concurso para admissão de dirigentes da Administração Pública.
Isto porque o PAICV infestou a Administração Pública com os seus militantes, partidarizando-a ao extremo, e quando tudo apontava para a sua derrota avançou com a aprovação da referida lei, com o único propósito de proteger os seus comissários políticos, mas, habilidosamente, fazendo crer que se estava a introduzir um instrumento para a despartidarizar. Que grande contradição!
Ora, o PAICV, na questão da partidarização, não teve limites. Via na Administração Pública um instrumento de empoderamento dos seus militantes. Usava-a como barriga de aluguer onde plantava os paicevistas em lugares de destaque para ganharem notoriedade e, depois, serem recrutados para as listas de Deputados da Nação, de Vereação e da Assembleia Municipal. Esta investida foi despudorada nas direcções gerais e de serviço da Administração Pública e nas delegações tanto escolares, bem como nas do Ministério da Agricultura.
E a este propósito, José, engordaste o Estado sobremaneira. E com algum descaramento vens-nos falar em macrocefalia administrativa, quando criaste estruturas e mais estruturas, nomeadamente Direcções-gerais, Institutos, Agências de Regulação e respectivas dependências Regionais e Locais, unicamente para alimentar a tua prole, para o “job for the boys”. Chegamos ao cúmulo de ter Agências de Regulação com apenas uma entidade regulada! Neste quesito, recordo-te, José, que o teu último governo tinha 21 membros, enquanto o actual, liderado pelo Ulisses Correia e Silva tem apenas 12! Afinal, quem é o promotor da macrocefalia política e administrativa?
No que tange à corrupção, porventura, esqueces que lideraste governos envolvidos nos maiores casos de intransparência e corrupção nunca dantes presenciados em Cabo Verde.
Lembras-te, José, da candidatura da Cristina Duarte à liderança do BAD, da qual foste um dos maiores entusiastas, em que até hoje ficou por apurar o real valor gasto, diga-se de passagem, indevidamente. Fala-se em mais de 10 mil contos. Isto é que é opacidade na gestão do erário público!
Temos o caso da Sociedade Lusa de Negócios, da qual o José e o PAICV foram acusados de deterem ligações obscuras e cuja assinatura do contrato com a Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas da Boa Vista e Maio, lesivo ao Estado de Cabo Verde, levou à demissão do Ministro da Economia da altura, João Pereira Silva.
E que tal recordar-te o propalado caso do anel rodoviário da Ilha do Fogo, qualificado como o maior espelho da corrupção, compadrio e gestão danosa que alguma vez aconteceu em Cabo Verde? No âmbito deste projecto, para acomodar a equipa de fiscalização, o governo construiu uma aldeia com dez habitações, no valor de 150 mil contos que depois foi oferecida de bandeja a uma família camarada do PAICV. Dos 80 quilómetros previstos inicialmente, brindaste aos foguenses com uma meia-lua, cujo custo de cada quilómetro rondou 153 mil contos, mais de 3 vezes o valor de 46 mil contos inicialmente orçados. E o inacreditável foi que o governo assinou com a empresa TAEP um contrato para a elaboração do projecto inicial e a fiscalização das obras no valor de 107 mil contos, para passados 24 meses assinar com a mesma empresa uma adenda ao contrato - pasmem-se os leitores! - no valor de 118 mil contos! Isto é, o objecto da adenda custou mais do que o contrato. Mas aqui é bom fazeres um exercício de memória para recordares que os financiadores - BADEA, OFID e Fundo Saudita – recusaram-se a embarcar nesta farsa, tendo o Estado de Cabo Verde assumido o pagamento integral dos 118 mil contos. Ainda para completar, o governo pagou de forma ilegal 1 bilião e 10 milhões de escudos a título de indeminização à empresa construtora, supostamente para cobrir custos adicionais relativos ao contrato de empreitada para a execução do Anel Rodoviário.
Podia continuar a desfiar o rosário infindável de casos de corrupção do teu governo, como o do Fundo do Ambiente, em que os militantes, dirigentes e Deputados do PAICV foram bafejados com avultadas quantias para a promoção do partido e da fraude eleitoral; das negociatas verificadas nos TACV, com as vendas dos aparelhos ATR; e da Bolsa de Valores, uma entidade relevante no nosso sistema financeiro, que se viu ferida de morte com a nomeação, por parte do teu governo, de alguém que veio a ser condenado por associação criminosa e lavagem de capitais, e sob o qual pendem fortes indícios de ligação ao mundo do narcotráfico.
Mas deixa-me terminar, José, com o caso do elaborado esquema de tráfico eleitoral que envolve o PAICV, o seu governo e o seu ex-ministro de infraestruturas e alto dirigente do PAICV, Manuel Inocêncio, com repercussão internacional, com direito a estampa numa revista de grande tiragem em Portugal, que nos mostra, entre outras coisas, que o referido ministro usava “uma empresa da qual fora sócio para executar obras públicas por ele decididas”.
José, este artigo ficou longo, mas não na exacta medida dos casos e mais casos de corrupção que se abateram sobre o país durante os 15 anos da tua governação. Não podia deixar de enumera-los, mais não seja de forma sintética e apenas os mais gritantes. Pois não podia e nem devo ficar calado vendo-te com ares de moralista, fazendo acreditar que és um puro nesta matéria, quando és apenas o ex-Primeiro-ministro na história de Cabo Verde com mais casos na Procuradoria-Geral da República.
Vou terminar, José, com uma breve passagem pelo último ponto do teu post que versas sobre a necropolítica em uso no país, que dizes criar um ambiente de medo, de cerceamento da liberdade e de corrupção da democracia. Pergunto-te, José: estás a ver-te ao espelho? E pedia-te, também, José, não zombes dos cabo-verdianos.
Mas, a este propósito, dir-te-ia para não te preocupares, uma vez que o partido no governo é o MpD e não o PAICV e que o Primeiro-ministro é o Ulisses Correia e Silva e não és tu, José. Acabaram-se os medos. As liberdades foram resgatadas e nas Ilhas respira-se novamente a democracia, e esta está de boa saúde. Ninguém é perseguido no seu posto de trabalho, não existe delito de opinião e as atitudes persecutórias tendo por base as opções partidárias das pessoas acabaram, José. Quiçá, são os teus fantasmas que te perseguem e o teu subconsciente a revelar-se. Foca-te nos teus estudos e descansa, José, pois escusas de nos trazer estas críticas que são frutos do teu ressabiamento.
O actual governo e Ulisses Correia e Silva vão fazer diferente do que fizeste, e melhores resultados serão conseguidos, por saberem onde falhaste, mas, sobretudo, porque este governo do MpD e Ulisses Correia e Silva têm outro entendimento de como gerir o País.
Que pena!
vamos juntos leitor e analisar as denúncias aqui deixadas em vez de acharmos que o Emanuel somente tem birra do José Maria Neves.
O Emanuel refere-se ao post colocado no facebook pelo José que coloca a viabilidade económica e política por uma simples razão de sermos um país insular.
Ele não estando de acordo vem aqui desmentir o José pelo qual estou em 100% de acordo com ele e apoio.
Veja ele fez várias denuncias que configuram crimes e que passo a citar.
Por exemplo ele fez a denúncia a construção do anel rodoviária da Ilha do Fogo que foi na altura um autêntico escândalo-lo pelo montante gasto na sua construção, na paralisação longa da referida obra, da gorda indemnização ao construtor, dos desembarque dos propalados Jipes e outras.
Por exemplo ele denunciou aqui que a Obra adjudicada na altura tinha um custo inicial de apenas 46 Mi, contos e a ser terminada custou o triplo deste montante ou seja 153 mil contos. Um caso de pura má gestão ou seja Gestão danoso, crimes enquadrada nas leis da república.
Dinunciou também que foi adjudicada a fiscalização da obra a uma Empresa a TAEP pelo valor 107 mil contos e depois foi ainda feita uma adenda ao contrato a esta mesma empresa pelo valor de 118 mil contos, ou seja 110% do valor do contrato inicial, crimes que enquadram com favorecimento em negócios e Gestão danoso.
As adendas ao contrtao não deve ultrapassar os 10% do valor inicial do contrato.
O que o Emanuel está aqui trata-se de mais um contrato como nome de adenda para simplesmente favorecer a uma empresa.
Agora pergunto ao tribunal de contas entidade responsável para supervisão e validação dos contratos assinados pelo estado de cabo Verde.
É verdade que existe esta adenda do contrato e se sim neste montante? O tribunal de contas de contas aos cidadãos Cabo Verdianos.
O governo anterior paralisou a obra sem a justa causa e teve que indemnizar a construtora mais de um bilião e 10 milhão de contos em indemnização a esta empresa. Responsabilização política, Má Gestão, Gestão danoso com dolo, etc.
Denunciou outro caso grave dos gastou na candidatura da Cristina Duarte a Liderança a BAD sem se quer existir documentação sobre as despesas gastas. Outro caso grave de falta de transparência na gestão da coisa pública, passível de responsabilização criminal.
A construção de uma habitação para os fiscalizadores da obra que depois foi oferecida a um amigo do PAICV, outro caso grave. Estas moradias devem ser devolvidas ao estado de Cabo Verde. temos várias pessoas desabitadas de Chão de Caldeiras que podem ser oferecida estas moradias.
O que ele diz aqui que Cabo Verde não está condenado ao insucesso por causa da sua localização geográfica nas sim pela má gestão durante a governação do José Maria Neves.
Deu exemplo claros aqui dos países insulares casos de sucessos, e Seicheles? O José Maria falou muito sobre este País e disse que seria caso a seguir.
Nem parece que José Maria foi dirigente da Opad-CV, da JAK-CV, nem parece que segue os ideias de Amílcar Cabral. quer aqui dizer que Cabral fez mal em lutar para tomar independência deste País.
Como disse Emanuel e muito bem nós que gostamos de Cabo Verde vamos lutar para tornar este país um caso de sucesso.
Mas com muita atenção para o José numa estragar nos os trabalhos, porque ele é um daninho.
Bem aja Cabo Verde
Deixem de ser fanáticos e parem de atacar o Emanuel Barbosa e peçam contas ao José MAria Neves que devia estar atrás das grades, mas continua aqui a gozar com anossa cara e a nos fazer de palhaços.
É melhor criticar o seu governo que esta como o ditado crioulo "sima saia sem cordon" em vez de atacar o Neves. Olha uma coisa meu caro, para chegares ao nível do Zé Maria tens que comer muito sarapatéu, ainda mais duvido se consegues lá chegar... É melhor ser humilde e trilhar o seu próprio caminho em vez de estar a dizer coisas sem cabimento porque estás a dar nas pessoas uma sensação de pessoa leviana que não merece algum respeito pelos Caboverdianos que lhe confiou um cargo.
Deixa o Neves em paz porque ele já foi julgado perante seus atos, agora é a sua vez de fazer melhor como prometeram nas campanhas, porque o próximo será o vosso julgamento.
Arranje outro alvo porque estás a ridicularizar-se com De[censurado]do pela EUROPA.