Pub

Nelson Martins Federação Cabo verdiana de Andebol

 

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Nelson de Jesus, considerou ser uma “falta de respeito” ao País e a todos os cabo-verdianos, a recusa de vistos para atletas nacionais por parte do Centro Comum de Vistos (CCV).

Nelson de Jesus fez esta declaração à imprensa, explicando que a recusa da CCV mostra que não tem respeito para com Cabo Verde, apontando que esta não é a primeira vez que o CCV recusa vistos a atletas cabo-verdianos.

Recorde-se que o CCV recusou vistos a três atletas da selecção nacional de andebol, para um estágio em Portugal, com vista a participação de Cabo Verde no Mundial de Andebol que acontece no Egipto em 2021.

Segundo avançou, desde cedo o processo foi muito bem conduzido, com uma comissão criada pela federação e pelo Instituto do Desporto e Juventude (IDJ), visando uma melhor organização, não só para este estágio como também para outros compromissos.

Conforme o responsável, o processo foi muito bem tratado, tendo sido entregue todos os documentos que eram exigidos, mas, prosseguiu, desde cedo o CCV mostrou alguma animosidade, considerando que algumas pessoas estavam sendo investigados por terem já alguns processos que deram entrada na instituição.

“Para a federação, esta é a terceira vez, mas, creio que este processo teve influência da pessoa que esteve a frente, tratando os pedidos de forma individual, sabendo que o processo foi feito de uma forma conjunta e oficial”, disse.

Nelson de Jesus referiu que esta pessoa mostrou prepotência e arrogância, passando informações negativas para o visto ter sido negado.

“Não tivemos informações nenhuma sobre a recusa do visto, cada um recebeu o passaporte sem o visto. Se o processo foi pedido com nota, dever-se-ia responder com nota”, sublinhou.

Por outro, salientou que houve alegações de que o alojamento que a delegação iria se instalar não era fiável, entretanto, garantiu que a FCA tinha uma declaração do Instituto Português do Desporto e da Juventude, dizendo que o alojamento era garantido pela instituição e estava bem definido onde seria.

“Esta é terceira vez que são cortados aos atletas uma oportunidade única, e não queremos deixar morrer, que para numa próxima vez, para qualquer modalidade, não tenhamos esta situação e não sejamos humilhados por um serviço que labora em Cabo Verde com funcionários cabo-verdianos e com pessoas que não são cabo-verdianos, mas são bem tratados”, frisou.

Nesta linha, afirmou que a única ilação que se podem tirar é a falta de respeito pelo País e pelo povo cabo-verdianos por parte da CCV, isso porque, ressaltou, foi um processo que envolveu instituições sérias, Governo, e mesmo após a recusa de visto,  não se resolveu.

Com Inforpress

Comentários  

0 # Humilhação 09-12-2020 14:01
O visto era para 3 aletas que estavam selecionados para representarem Cabo Verde no mundial de Andebol, logo, e uma vez que não foi dada justificação plausível para a recusa dos Vistos, foi grosseiramente faltado o respeito à República de Cabo Verde.
Cabo Verde que tem as portas escancaradas para os cidadãos europeus entrarem mesmo sem visto prévio.
Responder
+1 # Alécio Romão 14-11-2020 22:43
Este sim, é um assunto que já virou novela! O CCV é uma instituição comum da União Européia, e ao contrário daquilo que diz, terá postulada a sua criação, que á a chamada "facilitação de vistos", tem tido atuação contrária. Isto é, a evidente e já longamente não mais discreta "Dificultação de vistos". Entretanto é uma desconsideração total para com instituições e órgãos do próprio Estado de Cabo Verde, e por inerência com esse próprio, a forma arbitrária como tem tratado os processos de pedidos de visto e os seus respectivos requerentes! Nâo é segredo para ninguém a caricatura que tem sido a sua atuação! O "estreitamento dos laços de amizade" da parte da UE se deu com a retenção da taxa do pedido de visto (6635$ - que ronda 50% do salário mínimo nacional), mesmo em caso de recusa desse. Um roubo, se considereramos que a grande maioria das pessoas que requerem o visto são pessoas mais desfavorecidas! E Cabo Verde, vegonhosa e condescendentemente responde com "acordos de pesca" lesivos ao país e "isenção de vistos a cidadãos da UE", sem contar com a mentira continuada e deslavada de um alegado "acordo de mobilidade" que se vai "empurrando com a barriga" deixando o povo a pensar, erroneamente, que isso um dia será realidade, ao invés de criar condições para melhorar a vida das pessoas e promover a criação de riqueza interna. Creio que todos se lembram da greve de fome levada a cabo por um cidadão português em frente a esse serviço, por ver negado o visto á esposa caboverdiana, com quem se tinha casado há mais de três anos! (o que lhe dá, inclusive, direito a aquisição de nacionalidade portuguesa). E esse Governo ainda quer que as pessoas sintam orgulho desse país! Que sintam orgulho de servir o desporto desse país! Quando não têm o direito de participar em certames desportivos internacionais, sem que sejam antes humilhados e tratados como cães, para conseguir a porcaria de um visto! o CCV, a serviço dos seus patrões europeus, vai continuar negando um visto (com alguma razão, talvez) porque sabem que a probabilidade de se valorizar um atleta esforçado e trabalhador no além mar, é inversamente proporcional á forma indigna e vergonhosa com que são tratados pelo próprio governo do seu país, que continua cada vez mais desacreditado e nada faz para dignificar as suas instituições e os seus atletas. Há países, inclusive europeus, a "aliciarem" atletas caboverdeanos com passaportes internacionais, para que possam representar livremente estes em certames internacionais. (veja-se o caso de Matchú Lopes, que renunciou á nacionalidade caboverdeana para passar a representar as cores da bandeira espanhola, e após noticiado, vem o PCS Dr. Júlio Lopes, em nome do Governo se "apressado" a oferecer um passporte diplomático a Mitú Monteiro quando este veio a público narrar a humilhação que é representar Cabo Verde a nível internacional, com um passaporte caboverdiano). Nossos atletas ainda passam, quando por fim conseguem um visto, horas de humilhante prescrução e intermináveis interrogatórios nos serviços de fronteiras da UE sem que haja uma comitiva ou pelo menos um representante diplomático do país, a recebé-los no aeroporto de destino e a livrá-los desses constrangimentos. (como o fazem, com muito orgulho, as representações da China ou da Rússia, que recebem com gáudio, orgulho, pompa, circunstância, tapete vermelho e viatura oficial, os seus atletas) Os nossos estão por sua conta e risco! É esse o governo vergonhoso desse país vergonhoso que temos! e depois se lhes vem "homenagear" com um "reles" "diploma" em folha A4, a enaltecer os "feitos" em prol do país!
Responder
0 # Trabadjador 11-11-2020 14:09
Vergonha nacional.
Responder